COLESTEROL?
O colesterol pode ser considerado um tipo de lipídio (gordura) produzido em nosso organismo. Ele está presente em alimentos de origem animal (carne, leite integral, ovos etc.). Em nosso organismo, desempenha funções essenciais, como produção de hormônio e vitamina D. No entanto, o excesso de colesterol no sangue é prejudicial e aumenta o risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Em nosso sangue, existem dois tipos de colesterol:
- LDL colesterol: conhecido como "ruim", ele pode se depositar nas artérias e provocar o seu entupimento.
- HDL colesterol: conhecido como "bom", retira o excesso de colesterol para fora das artérias, impedindo o seu depósito e diminuindo a formação da placa de gordura.
Podemos dizer que existem vários tipos de colesterol circulando no sangue. O total da soma de todos eles chama-se "Colesterol Total". Como visto, colesterol é uma espécie de "gordura do sangue" e, como gorduras não se misturam com líquidos, o colesterol é insolúvel no sangue. Por isso, ele precisa da "carona" de certas proteínas para cumprir as suas funções.
A associação dá origem às chamadas lipoproteínas. Essas, sim, são aptas a viajar por todo o organismo via corrente sanguínea. As lipoproteínas - ou apenas colesterol - assumem algumas formas, sendo divididas em "bom colesterol" (HDL - high density, ou alta densidade) e "mau colesterol" (LDL - low density ou baixa densidade).
Pesquisas provaram que o bom colesterol (HDL) retira o colesterol das células e facilita a sua eliminação do organismo. Por isso, é benéfico. Já o mau colesterol (LDL) faz o inverso: ajuda o colesterol a entrar nas células, fazendo com que o excesso seja acumulado nas artérias sob a forma de placas de gordura. Justamente por isso, traz diversos malefícios.
Fatores de risco
Muitos fatores podem contribuir para o aumento do colesterol, como tendências genéticas ou hereditárias, obesidade e atividade física reduzida. No entanto, um dos fatores mais comuns é a dieta.
A gordura saturada é um tipo de gordura que, quando ingerida, aumenta a quantidade de colesterol no organismo. Está presente, principalmente, em alimentos de origem animal. A carne vermelha, mesmo quando aparentemente "magra", possui moléculas de colesterol entre as suas fibras e deve ser evitada. As margarinas light ou diet devem ser as escolhidas em substituição à manteiga.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, os níveis ideais de colesterol no sangue devem ser:
- Colesterol Total: abaixo de 200mg/dL de sangue.
- Bom Colesterol (HDL): acima de 35mg/dL de sangue.
- Mau Colesterol (LDL): abaixo de 130mg/dL de sangue.
Complicações possíveis
Níveis elevados de colesterol estão associados a doenças coronarianas e aterosclerose. As recomendações habituais são para uma ingestão diária de colesterol inferior a 300 mg, quantidade que representa cerca de 50% da quantidade ingerida pelos norte-americanos.
O colesterol, popularmente chamado de gordura do sangue, é uma substância gordurosa, esbranquiçada e sem odor. Não existe nos vegetais, apenas no organismo dos animais. Em pequenas quantidades, é necessário para algumas funções do organismo; em excesso, causa problemas.
Encontrado em todas as células do organismo, é utilizado para a produção de muitas substâncias importantes, incluindo alguns hormônios e ácidos biliares.
ATEROSCLEROSE
É o endurecimento das paredes dos vasos causado pela deposição de gordura. Existe uma predisposição genética que, combinada com o fumo, o estresse, a vida sedentária e a pressão alta, pode levar à doença.
Na aterosclerose, placas de gordura diminuem o diâmetro dos vasos sanguíneos e podem levar à obstrução total
Aterosclerose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela formação de ateromas dentro dos vasos sanguíneos. Os ateromas são placas, compostas especialmente por lipídios e tecido fibroso, que se formam na parede dos vasos. O volume dos ateromas aumenta progressivamente, podendo ocasionar obstrução total em algum ponto do vaso. A aterosclerose em geral é fatal quando afeta as artérias do coração ou do cérebro, órgãos que resistem apenas poucos minutos sem oxigênio.
A formação do ateroma é complexa. Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) penetram na parede do vaso, atravessando o endotélio, chegando à camada íntima da parede.
Neste local são fagocitados. A aterosclerose agride essencialmente a camada íntima da artéria.
A lesão (AE) típica das formas avançadas da doença é a placa fibrosa- formação esbranquiçada que protunde na luz do vaso.
Ela é coberta por uma capa fibrosa que consiste em várias camadas de células achatadas embebidas numa matriz extracelular de tecido conjuntivo denso, ao lado de lamínulas de material amorfo, proteoglicanos, fibras colágenas e células musculares lisas.
No interior da placa, abaixo da capa fibrosa, há um acúmulo das células espumosas, íntegras ou rotas, e de tecido conjuntivo.
As células espumosas são derivadas dos macrófagos (macrócitos e linfócitos sanguíneos, e células musculares lisas da parede arterial) que contêm gotículas de gordura, principalmente sob a forma de colesterol livre e esterificado. Este colesterol é derivado do sangue e não produzido no local.
No centro da placa fibrosa há uma área de tecido necrótico, debris, cristais de colesterol extracelular, e de cálcio.
Com evolução do processo ateromatoso ocorrem diversos eventos:
1) vindos da adventícia nascem vasos que fazem intensa vascularização da média e da íntima;
2) aumenta a deposição de cálcio e de células necróticas;
3) surgem ruturas, fissuras e hemorragias da placa;
4) a placa pode ulcerar ou se desprender;
5) a exposição da subíntima ulcerada gera a deposição de plaquetas, coagulação sanguínea, trombose e eventual oclusão do vaso, etc.
Como evitar e tratar a aterosclerose?
Uma alimentação adequada, sobretudo com baixo teor de gorduras saturadas, perda de peso para os portadores de sobrepeso ou obesidade, bem com atividade física regular reduzem o risco para aterosclerose e, seguramente, fazem parte do tratamento dos portadores dessa doença. Naqueles indivíduos que não atingem as metas de lípides apenas com modificações comportamentais, o uso continuado de drogas hipolipemiantes, que reduzem os lípides, ou seja, colesterol e triglicérides, é prática indispensável.
Tratamento
O tratamento para aterosclerose ou doença aterosclerótica consiste em retirar as placas de gordura que estão presas nas paredes das artérias e curar as lesões que ficam no local. Isso pode ser conseguido através de cirurgia, do cateterismo, da angioplastia a laser e através do consumo de alguns medicamentos e atividade física.
A aterosclerose é uma doença que atinge o sistema circulatório trazendo prejuízo principalmente para o coração. A precaução é o melhor remédio; ter uma alimentação correta e praticar atividade física regularmente são as principais maneiras de diminuir a formação da aterosclerose.
O início de formação dessas placas de gordura ocorre na infância e vai progredindo durante a vida. Qualquer pessoa pode desenvolver essa doença porém os mais atingidos são pessoas com predisposição genética, com pressão alta, diabetes ou obesidade.
ALZHEIMER
A Doença de Alzheimer, também conhecida como demência senil tipo Alzheimer, é a mais comum patologia que cursa com demência.
E o que vem a ser demência?
Popularmente, conhecida como esclerose ou caduquice, a demência apresenta como características principais: problemas de memória, perdas de habilidades motoras (vestir-se, cozinhar, dirigir carro, lidar com dinheiro...), problemas de comportamento e confusão mental.
Quando falamos que as demências estão constituindo um sério problema de saúde pública em todo o mundo, temos que mostrar em números o que isto representa.
Hoje temos, no mundo, 18 milhões de idosos com demência, sendo 61% deles em países do terceiro mundo. Daqui a 25 anos terão 34 milhões de idosos nesta situação e a grande maioria (71%), nos países mais pobres!
No Brasil, temos atualmente 1,2 milhões de idosos, aproximadamente, com algum grau de demência.
Existem várias teorias que procuram explicar a causa da doença de Alzheimer, mas nenhuma delas está provada.
Destacamos:
1- IDADE: quanto mais avançada a idade, maior a porcentagem de idosos com demência. Aos 65 anos, a cifra é de 2-3% dos idosos, chegando à 40%, quando se chega acima de 85-90 anos!
2- IDADE MATERNA: filhos que nasceram de mães com mais de 40 anos, podem ter mais tendência à problemas demenciais na terceira idade.
3- HERANÇA GENÉTICA: já se aceita, mais concretamente, que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).
4- TRAUMATISMO CRANIANO: nota-se que idosos que sofreram traumatismos cranianos mais sérios, podem futuramente desenvolver demência. Não está provado.
5- ESCOLARIDADE: talvez, uma das razões do grande crescimento das demências, nos países mais pobres. O nível de escolaridade pode influir na tendência a ter Alzheimer.
6- TEORIA TÓXICA: principalmente pela contaminação pelo alumínio. Nada provado.
Quais sãos os sintomas?
No começo são os pequenos esquecimentos, normalmente aceito pelos familiares como parte normal do envelhecimento, mas que vão agravando-se gradualmente. Os idosos tornam-se confusos, e por vezes, ficam agressivos, passam a apresentar distúrbios de comportamento e terminam por não reconhecer os próprios familiares.
À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes dos familiares e cuidadores, quando precisam de ajuda para se locomover, têm dificuldades para se comunicarem, e passam a necessitar de supervisão integral para suas atividades comuns de vida diária (AVD), até mesmo as mais elementares, tais como alimentação, higiene, vestir-se...
Reconhecemos três fases na evolução da doença de Alzheimer, onde os idosos manifestam determinadas características comuns:
- Fase Inicial.
- Distração.
- Dificuldade de lembrar nomes e palavras.
- Esquecimento crescente.
- Dificuldade para aprender novas informações.
- Desorientação em ambientes familiares.
- Lapsos pequenos, mas não característicos de julgamento e comportamento.
- Redução das atividades sociais dentro e fora de casa.
Fase Intermediária
- Perda marcante da memória e da atividade cognitiva.
- Deterioração das habilidades verbais, diminuição do conteúdo e da variação da fala.
- Apresenta mais alterações de comportamento: frustração, impaciência, inquietação, agressão verbal e física.
- Alucinações e delírios.
- Incapacidade para convívio social autônomo.
- Perde-se com facilidade, tendência a fugir ou perambular pela casa.
- Inicia perda do controle da bexiga.
Fase Avançada
- A fala torna-se monossilábica e, mais tarde, desaparece.
- Continua delirando.
- Transtornos emocionais e de comportamento.
- Perda do controle da bexiga e do intestino.
- Piora da marcha, tendendo a ficar mais assentado ou no leito.
- Enrigecimento das articulações.
- Dificuldade para engolir alimentos, evoluindo para uso de sonda enteral ou gastrostomia (sonda do estômago).
- Morte.
Como é feito o diagnóstico
Não há um teste específico que estabeleça de modos inquestionável a doença de Alzheimer. O diagnóstico de certeza só e feito através de exame patológico (biópsia do tecido cerebral), conduta não realizada quando o idoso está vivo.
Desse modo, o diagnóstico de provável Demência tipo Alzheimer é feito excluindo outras patologias que podem evoluir também com quadros demências, tais como:
- Doenças da tireóide.
- Acidentes vasculares cerebrais.
- Hipovitaminoses.
- Hidrocefalia.
- Efeitos colateraisde medicamentos.
- Depressão.
- Desidratação.
- Tumores cerebrais, entre outros.
Temos atualmente um teste denominado avaliação neuro-psicológica, que pode mapear os vários aspectos da mente humana, em busca de possíveis pistas de alterações cognitivas (memória), de comportamento e de dificuldades em atuação nos vários aspectos do dia-a-dia (cuidar de finanças, gerenciar a vida e a sua casa, relacionar com parentes e amigos, depressão...).
Um dos testes mais comuns é chamado de mini-exame do estado mental, que é relativamente fácil de ser executado e não cansa o idoso.
É dividido em duas frentes de tratamento:
1- Tratamento dos distúrbios de comportamento: para controlar a confusão, a agressividade e a depressão, muito comuns nos idosos com demência. Algumas vezes, só com remédio do tipo calmante e neurolépticos (haldol, neozine, neuleptil, risperidona, melleril,entre outros) pode ser difícil controlar.
Assim, temos outros recursos não medicamentosos, para haver um melhor controle da situação. Um dos melhores recursos são as dicas descritas neste manual (Manual do Cuidador - CONVIVENDO COM ALZHEIMER), onde mostramos como agir perante aos mais diferentes tipos de comportamento que o idoso ter, no período da agitação.
2- Tratamento específico: dirigido para tentar melhorar o déficit de memória, corrigindo o desequilíbrio químico do cérebro. Drogas como a rivastigmina (Exelon ou Prometax), donepezil (Eranz), galantamina (Reminyl), entre outras, podem funcionar melhor no início da doença, até a fase intermediária. Porém seu efeito pode ser temporário, pois a doença de Alzheimer continua, infelizmente, progredindo.
Estas drogas possuem efeitos colaterais (principalmente gástrico) que podem inviabilizar o seu uso. Também, somente uma parcela dos idosos melhoram efetivamente com o usos destas drogas chamadas anticolinesterásicos, ou seja, não resolve em todos os idosos demenciados.
Outra droga, recentemente lançada, é a memantina (Ebix ou Alois), que atua diferente dos anticolinesterásico. A memantina é um antagonista não competitivo dos receptores NMDA do glutamato. É mais usado na fase intermediária para avançada, melhorando, em alguns casos, a dependência do portador para tarefas do dia-a-dia.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC
O acidente vascular cerebral (AVC), ou acidente vascular encefálico (AVE), vulgarmente chamado de derrame cerebral, é caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos cerebrais. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual súbito de uma parte do campo visual. Pode ainda evoluir com coma e outros sinais.
Trata-se de uma emergência médica que pode evoluir com sequelas ou morte, sendo a rápida chegada no hospital importante para a decisão terapêutica. No Brasil, a principal causa de morte são as doenças cardiovasculares (cerca de 1 a cada 3 casos), com o AVC representando cerca de 1/3 das mortes por doenças vasculares.
Dentre os principais fatores de risco para AVC estão: a idade avançada, hipertensão arterial (pressão alta), tabagismo, diabetes, colesterol elevado, acidente isquêmico transitório (AIT) prévio, estenose da válvula atrioventricular e fibrilação atrial.
Classificação e fisiopatologia
Os acidentes vasculares do cérebro podem ser basicamente decorrentes da obstrução de uma artéria que irriga o cérebro (por isquemia) ou podem ser por vazamento de sangue de um vaso sanguíneo (hemorrágico). Cabe ressaltar que o termo "derrame" não é apropriado, visto que em apenas uma minoria dos AVCs ocorre um derramamento de sangue no parênquima encefálico.
AVC isquêmico
É o tipo de AVC mais comum, presente em cerca de 80% dos casos. Ocorre pela falta de fluxo sanguíneo cerebral, levando ao sofrimento e enfarte do parênquima do sistema nervoso. Essa queda no fluxo sanguíneo pode ser decorrente de:
- Uma obstrução arterial: um trombo ou, mais comumente, um êmbolo;
- Queda na pressão de perfusão sanguínea, como nos estados de choque;
- Uma obstrução na drenagem do sangue venoso, como na trombose venosa, causando dificuldade de entrada do sangue arterial no cérebro.
Nos primeiros momentos do AVC isquêmico não há morte de tecido cerebral, mas a falta de suprimento sanguíneo provoca a rápida degeneração do tecido cerebral, um tecido metabolicamente muito ativo e que demanda muito oxigênio e glicose para manter seus neurônios vivos.
AVC hemorrágico
É o acidente vascular cerebral menos comum presente em cerca de 20% dos casos, mas não menos grave. Ocorre pela ruptura de um vaso sanguíneo intracraniano. O sangue em contato com o parênquima nervoso tem ação irritativa. Além disso, a inflamação e o efeito de massa ou pressão exercida pelo coágulo de sangue no tecido nervoso prejudica e degenera o cérebro e a função cerebral.
Sinais e sintomas
O diagnóstico do AVC é clínico, ou seja, é feito pela história e exame físico do paciente. Os principais sintomas são:
- Dificuldade de mover o rosto;
- Dificuldade em movimentar os braços adequadamente;
- Dificuldade de falar e se expressar;
- Fraqueza nas pernas;
- Problemas de visão.
Diante desses sintomas, quanto mais rápido o socorro, menor a probabilidade de sequelas. Outros sintomas menos específicos, como queda do estado geral e coma, também elevam o risco de AVC.
Qual é o prognóstico?
Mesmo sendo uma doença do cérebro, o acidente vascular cerebral pode afetar o organismo todo. Uma sequela comum é a paralisia completa de um lado do corpo (hemiplegia) ou a fraqueza de um lado do corpo (hemiparesia). O acidente vascular cerebral pode causar problemas de pensamento, cognição, aprendizado, atenção, julgamento e memória. O acidente vascular cerebral pode produzir problemas emocionais com o paciente apresentando dificuldades de controlar suas emoções ou expressá-las de forma inapropriada. Muitos pacientes apresentam depressão.
A repetição do acidente vascular cerebral é frequente. Em torno de 25 por cento dos pacientes que se recuperam do seu primeiro acidente vascular cerebral terão outro dentro de 5 anos.
Como se trata e como se previne?
Geralmente existem três estágios de tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente vascular cerebral.
DIABETES MELLITUS TIPO 1
É uma disfunção metabólica e uma das formas de diabetes mellitus. É uma doença autoimune que resulta em destruição das células beta do pâncreas, as quais produzem insulina. Isso acontece por engano porque o organismo as identifica como corpos estranhos. Este tipo de reação também ocorre em outras doenças, como esclerose múltipla, Lupus e doenças da tireóide.
O Diabetes mellitus tipo 1 acomete aproximadamente de 5-10% da população de diabéticos. Os sintomas do Diabetes mellitus tipo 1 surgem geralmente na infância e adolescência, o que torna os pacientes dependentes de insulinoterapia por toda a vida.
Anteriormente conhecido como diabetes juvenil, o diabetes tipo 1 é geralmente diagnosticado em crianças e jovens. Diferentemente do que ocorre nos casos de diabetes tipo 2, nos quais existe produção reduzida de insulina, no diabetes tipo 1 o corpo não produz insulina alguma. Um subtipo de tipo 1, chamado de LADA (ou diabetes autoimune latente), é identificado pela presença de anticorpos contra células beta e tipicamente se desenvolve lentamente, aparecendo quando o indivíduo já é adulto, o que o leva a ser confundido com o tipo 2. Além disso, uma pequena proporção de casos dediabetes tipo 2 manifestam uma forma genética do doença conhecida como diabetes juvenil de início tardio.
Insulina
A insulina é um hormônio necessário para converter açúcar, amidos e outros tipos de alimentos em energia necessária para a vida diária.
Sem insulina o açúcar permanece na corrente sanguínea. A alta quantidade de açúcar no sangue, chamada hiperglicemia, pode ser causada, por exemplo, ao se comer uma refeição maior do que a usual, perder uma dose de medicação ou insulina, estar doente, inativo ou até mesmo estressado.
A baixa quantidade de açúcar no sangue, chamada hipoglicemia, pode ocorrer caso haja muita insulina no organismo, a má alimentação ou pulado uma refeição ou no caso de muita atividade sem ingerir carboidratos.
Outra condição que pode ser causada pelo diabetes tipo 1 é a cetoacidose, associada à hipoglicemia. Ela ocorre quando há pouca insulina na corrente sanguínea para ajudar o açúcar a penetrar nas células e o corpo busca outros tipos de combustíveis para queimar.
Monitorar o nível de açúcar no sangue e tomar uma ação para trazê-lo de volta a uma variação saudável pode ajudar os pacientes a levar uma vida plena e com saúde.
Sintomas
Pessoas com níveis altos ou mal controlados de glicose no sangue podem apresentar:
- Vontade de urinar diversas vezes.
- Fome freqüente.
- Sede constante.
- Perda de peso.
- Fraqueza.
- Nervosismo.
- Mudanças de humor.
- Náusea.
- Vômito.
Diabetes tipo 2
Sabe-se que o diabetes do tipo 2 possui um fator hereditário maior do que no tipo 1. Além disso, há uma grande relação com a obesidade e o sedentarismo. Estima-se que 60% a 90% dos portadores da doença sejam obesos. incidência é maior após os 40 anos.
Uma de suas peculiaridades é a contínua produção de insulina pelo pâncreas. O problema está na incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Por muitas razões, suas células não conseguem metabolizar a glicose suficiente da corrente sangüínea. Esta é uma anomalia chamada de "resistência Insulínica".
O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e, por fim, a combinação destes com a insulina.
Sintomas
- Infecções freqüentes.
- Alteração visual (visão embaçada).
- Dificuldade na cicatrização de feridas.
- Formigamento nos pés.
- Furunculose.
Diabetes Tipo 3 ou Diabetes duplo?
Embora o "duplo-diabetes" não seja um termo que você encontre na maioria dos livros médicos, hoje muitos médicos dizem que estão tratando um número crescente de pacientes com diabetes tipo 1 que desenvolveram resistência à insulina, sintoma clássico da diabetes tipo 2. Alguns médicos tratam esses pacientes híbridos com drogas que deixam os seus corpos mais sensíveis à insulina.
O termo duplo-diabetes também pode ser usado para descrever uma pessoa com diabetes tipo 2 que desenvolve anticorpos que destroem as células beta do pâncreas (aquelas que produzem insulina). Na maioria dos casos, esses pacientes precisarão de injeções de insulina. Às vezes, o duplo-diabetes também é chamado de diabetes tipo 3.
HIPERTESÃO ARTERIAL
Hipertensão arterial é uma doença crônica determinada por elevados níveis de pressão sanguínea nas artérias, o que faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o normal para fazer circular o sangue através dos vasos sanguíneos.
A pressão sanguínea envolve duas medidas, sistólica e diastólica, referentes ao período em que o músculo cardíaco está contraído (sistólica) ou relaxado (diastólica). A pressão normal em repouso situa-se entre os 100 e 140mm Hg para a sistólica e entre 60 e 90mm Hg (milímetros de mercúrio) para a diastólica.
Hipertensão ocorre quando a pressão que o sangue exerce nas paredes da artéria é forte demais. A partir de 140/90mm Hg (ou 14 por 9) já existe um problema.
Sístole: é a contração do coração para levar sangue para as veias. O valor mais alto é o primeiro a ser medido. O saudável é 120mg Hg (milímetros de mercúrio).
Diástole: momento em que o coração relaxa para se abastecer de sangue. `e o menor valor e o segundo a ser medido. O normal fica em torno de 80mm Hg (milímetros de mercúrio).
Mesmo moderado, o aumento da pressão sanguínea arterial está associado à redução da esperança de vida. Segundo a American Heart Association é a doença crônica que ocasiona o maior número de consultas nos sistemas de saúde, com um importantíssimo impacto econômico e social.
A hipertensão arterial é um dos principais fatores de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, aneurisma arterial (por exemplo: aneurisma da aorta), doença arterial periférica, além de ser uma das causas de insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca.
Definição
A hipertensão foi definida como a pressão sanguínea de valor igual ou superior a 140/90 mm Hg para um adulto jovem (14 por 9).
No adulto com mais de 74 anos, (faixa etária não englobada no estudo JNC7 pode-se aceitar um limite de 150/90mm Hg (15 por 9), tendo em conta a rigidez fisiológica da parede arterial. A pseudohipertensão entre os idosos é também um fator a considerar. Esta situação deve-se à calcificação das artérias, o que resulta em níveis de leitura anormalmente elevados no esfigmomanómetro enquanto que as medições intra-arteriais são normais. O processo de endurecimento das paredes arteriais com o envelhecimento é progressivo e o aumento de pressão arterial sistólica com a idade também será progressivo sem que isto signifique hipertensão arterial.
Segundo a classificação JNC7, em indivíduos de idade igual ou superior a 18 anos, a hipertensão define-se pela medição regular de valores de pressão sistólica e/ou diastólica mais altos do que os valores de referência (atualmente 139mm Hg para a sistólica e 89mm Hg (milímetros de mercúrio) para a diastólica.
A própria hipertensão pode também ser dividida em várias classificações: a JNC7 distingue a hipertensão de estágio I, II e a hipertensão sistólica isolada. Esta refere-se à pressão sistólica elevada, mas com pressão diastólica normal, sendo comum entre os idosos. As orientações ESH-ESC de 2007 e a BHS IV de 2004 referem ainda um terceiro estágio (hipertensão de estágio III) para indivíduos com pressão sistólica acima de 179mm Hg ou pressão diastólica acima de 109mm Hg (milímetros de mercúrio).
Sinais e sintomas
A hipertensão raramente é acompanhada de outros sinais ousintomas, e o seu diagnóstico usualmente acontece depois de um rastreio ou durante uma consulta médica por outros problemas. Uma parte significativa de hipertensos revela sofrer de dores de cabeça sobretudo na occipital (parte posterior da cabeça) e durante a manhã, assim como vertigens, zumbidos, distúrbios na visão ou mesmo episódios de desmaio.
Durante um exame físico, pode-se suspeitar de hipertensão caso se verifique retinopatia hipertensiva durante a observação do fundo do globo ocular através da oftalmoscopia.
Outros sinais e sintomas podem sugerir a presença de hipertensão secundária, isto é, a hipertensão cuja causa possa ser identificada, como no caso de doenças renais ou endócrinas. Por exemplo, a obesidade de tipo andróide, apouca tolerância à glicose e estrias azuladas sugerem a presença de um síndrome de Cushing. As doenças da tiróide e a acromegalia podem também causar hipertensão e têm sintomas característicos. O sopro abdominal pode ser indicador de estenose da artéria renal, um estreitamento das artérias que irrigam os rins, enquanto a baixa pressão arterial nas extremidades inferiores e/ou pulsações ausentes ou fracas na artéria femoral podem indicar o estreitamento da aorta descendente
Em praticamente todas as sociedades contemporâneas a pressão arterial aumenta a par do envelhecimento, o que é fisiológico e relacionado com o aumento de rigidez da parede arterial. A hipertensão é também consequência de uma interação complexa entregenes e fatores ambientais, os maus hábitos com o consumo de muito sal na dieta,. o stress, o consumo de cafeína, o sedentarismo e/ou a insuficiência de vitamina D.
OSTEOPOROSE
É uma doença que atinge os ossos. Caracteriza-se quando a quantidade de massa óssea diminui substancialmente e desenvolve ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, mais sujeitos a fraturas. Faz parte do processo normal de envelhecimento, e é mais comum em mulheres do que em homens. A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas antes que aconteça algo de maior gravidade, como uma fratura, que costuma ser espontânea, isto é, não relacionada a trauma. Se não forem feitos exames diagnósticos preventivos a osteoporose pode passar despercebida, até que tenha gravidade maior. A osteoporose pode ter sua evolução retardada por medidas preventivas.
Pontos fracos do esqueleto
1 - Coluna vertebral - Pessoas idosas podem fraturar as vértebras da coluna com freqüência. A chamada corcunda de viúva é uma deformação comum e pode até levar à diminuição de tamanho do doente.
É muito importante saber que a maioria das fraturas que ocorrem na coluna se situam na região torácica e não na região lombar como tem sido descrito pela maioria dosreumatologistas e ortopedistas.
2 - Punho - Por ser um ponto de apoio, é uma área na qual as fraturas acontecem normalmente. Os ossos sensíveis têm pouca estrutura para sustentar o peso do corpo quando cai.
3 - Quadril / Anca - As fraturas de pelve são difíceis de cicatrizar e podem levar à invalidez. Estudos mostram que em torno de 50% dos que fraturam o quadril não conseguem mais andar sozinhos.
4 - Fêmur - Também muito comum entre os que desenvolvem a doença. É freqüente tanto em homens quanto em mulheres, principalmente depois dos 65 anos. A recuperação costuma ser lenta.
A doença deverá ser tratada de forma conjunta com cirurgião ortopedista para tratamento das fraturas e suas complicações e do Reumatologista para tratar da doença clínica.
Causas, incidência e fatores de risco
A osteoporose é o tipo mais comum de doença óssea.
Pesquisadores estimam que aproximadamente 1 em cada 5 mulheres com mais de 50 anos tem osteoporose. Em torno da metade de todas as mulheres com mais de 50 anos de idade sofrerão uma fratura do quadril, do punho ou da vértebra (ossos da coluna vertebral).
A osteoporose ocorre quando o corpo deixa de formar material ósseo novo suficiente ou quando muito material dos ossos antigos é reabsorvido pelo corpo, ou ambos.
Prognóstico
Os pacientes com osteoporose têm grandes riscos de terem fraturas adicionais. O tratamento para a osteoporose pode reduzir consideravelmente o risco de fraturas no futuro.
As fraturas no quadril podem levar a uma dificuldade na movimentação e um risco aumentado de trombose venosa profunda ou embolismo pulmonar. As fraturas das vértebras podem levar a dor crônica severa de origem neurogênica, que pode ser difícil de ser controlada, assim como uma deformidade. A taxa de mortalidade em um ano que segue a fratura de quadril é de aproximadamente 20%. Embora raras, as fraturas múltiplas de vértebras podem levar a uma cifose severa (corcunda) que a pressão resultante nos órgãos internos pode incapacitar a pessoa de respirar adequadamente.
Embora os pacientes com osteoporose tenham uma alta taxa de mortalidade devido às complicações da fratura, a maioria dos pacientes morre "com" a doença ao invés de morrer "da" doença.
Consumo de leite e derivados
Segundo a Organização Mundial de Saúde, é recomendável o consumo de três copos de leite (ou porções de derivados) por dia para prevenir a osteoporose, devido ao cálcio presente nesses alimentos. O médico reumatologista Cristiano Zerbini, em entrevista a Drauzio Varella, recomenda a ingestão de 1 g de cálcio ao dia, citando o consumo de leite, queijo e outros derivados para se atingir essa quantidade.
Porém, há estudos científicos que alertam para a baixa capacidade de absorção do cálcio de leites animais pelo organismo humano: "nem leite nem uma dieta rica em cálcio reduzem o risco de fraturas por osteoporose". Estes estudos apontam que é fundamental a presença de magnésio e vitamina D para que o cálcio seja absorvido. Os mesmos estudos afirmam que a equação máxima entre cálcio e magnésio deve ser de 2:1 ou 3:1. O excesso de cálcio, resultado, por exemplo do uso de suplementos de cálcio, associado ao baixo consumo de magnésio, leva o cálcio a se depositar nas artérias (carótida, coronária), num processo de calcificação, ou como muco gastro-intestinal, entre outras conseqüências.
Sintomas
A doença progride lentamente e raramente apresenta sintomas. Se não forem feitos exames sanguíneos e de massa óssea, é percebida apenas quando surgem as primeiras fraturas, acompanhadas de dores agudas. A osteoporose pode, também, provocar deformidades e reduzir a estatura do doente.
Epidemiologia
Estima-se que mundialmente 1 em cada 3 mulheres e 1 em cada 5 homens acima da idade dos 50 tem osteoporose. Ela é responsável por milhões de fraturas anualmente, a maioria envolvendo vértebras lombares, quadril e punho.
Quem se encontra em maior risco de desenvolver a doença são: Mulheres; Fumantes; Consumidores de álcool ou café em excesso; Diabéticos; Atividade física inadequada, quer em excesso, quer ausência.
Bifosfonatos
Os Bifosfonatos continuam sendo o tratamento de escolha para osteoporose pós-menopausa. São também usados no tratamento da osteoporose no sexo masculino e na osteoporose induzida por glucocorticoides e em metástases ósseas.
Reposição hormonal
A reposição hormonal é importante tanto durante a prevenção quanto durante o tratamento. O estrógeno reduz o risco de fraturas em mulheres com osteoporose.
Modulador seletivo dos receptores de estrogênio (SERM)
SERM são uma classe de medicamentos que agem seletivamente nos receptores de estrogênio corporais. Normalmente, a densidade mineral óssea é precisamente regulada por um equilíbrio entre a atividade de osteoblastos e osteoclastos nos ossos trabeculares. Estrogênios exercem uma função essencial na regulação do processo de formação/reabsorção óssea por conta da ativação de osteoblastos. Alguns SERMs, como o raloxifeno, agem no osso reduzindo a reabsorção óssea pelos osteoclastos.
Fisiologia
O aparecimento da osteoporose está ligado aos níveis de estrógeno do organismo. O estrógeno - hormônio feminino, também presente nos homens, mas em menor quantidade — ajuda a manter o equilíbrio entre a perda e o ganho de massa óssea. As mulheres são as mais atingidas pela doença, uma vez que, na menopausa, os níveis de estrógeno caem bruscamente. Com isso, os ossos passam a incorporar menos cálcio (fundamental na formação do osso), tornando-se mais frágeis. Para cada quatro mulheres, somente um homem desenvolve esta patologia.
Fontes: WikipédiA Enciclopedia Livre - SBACV Soc. Bras. de Angiologia e Cirurgia Vascular - Minha Vida.com - Soc. Bras. de Endocrinologia - Ministério da Saúde